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Participation colloque

Laurent Vidal et Maria Isabel de Jesus Chrysostomo ont présenté, dans le cadre du colloque “Brazil in Global Context, 1870 – 1930″ (International Research Conference. Institute for Latin American Studies. Freie Universität Berlin (27-29 octobre 2011), une communication intitulée : “As hospedarias de imigrantes. Um dispositivo esquecido no caminho da emigração para o Brasil (1880’s – 1930’s)”

Voici, en portugais, l’introduction.
“A partir dos anos 1880, o Brasil instala, ao longo de suas costas, « dispositivos » (Agamben ) administrativos, técnicos e territoriais para o controle e a triagem dos novos imigrantes. Do sul ao norte, são várias hospedarias de imigrantes que surgem : Ilha das Flores (Casa dos Imigrantes do Rio de Janeiro), Santos, São Paulo, Juiz de Fora (Hospedaria Horta Barbosa), Campinas, Pinheiro (Rio de Janeiro), Vitória (Hospedaria da Pedra d’Água), Alfredo Chaves (Espírito Santo), Saco do Padre Inácio (Florianópolis), Outeiro (Belém-Pará).
Até hoje a historiografia voltada para a questão da imigração europeia nas Américas prestou pouco atenção a estes dispositivos numa perspectiva comparada, nem a sua significação num contexto de abertura internacional entre os países envolvidos no tráfego de imigrantes: ora, quase todas são contemporâneas. Deste ponto de vista, estas hospedarias aparecem como um lugar de transmutação, limiar moderno que transforma a condição de emigrante na de imigrantes.
O objetivo deste artigo é refletir sobre o surgimento e organização destes dispositivos no momento de transformação do Brasil em país de imigrantes (1880-1910). Procuramos focalizar nosso olhar sobre a evolução das formas espaciais destes dispositivos: a chegada dos primeiros colonos, nos anos 1820-30 (quando o Estado Imperial recrutava diretamente a mão de obra na Europa com auxílio das elites econômicas ), até o grande movimento de imigração espontânea, que conheceu um surto entre os anos de 1880 e 1910. Discutimos a criação dos hospitais, lazaretos e depósitos que vão adaptar uma parte de suas estruturas para receber transitoriamente os primeiros colonos, até a invenção de uma forma mais acabada para a recepção dos emigrantes: a hospedaria. A questão que se coloca é como foram pensados os aparatos físicos voltados para a administração do corpo.
Num primeiro momento, evidenciaremos a gênese, institucional e espacial das primeiras estruturas destinadas a receber os colonos (1830’s – 1860’s), e definiremos suas missões; num segundo momento, que corresponde ao aumento do ritmo e do volume da imigração europeia, apresentaremos a invenção e difusão das hospedarias no território brasileiro (1870’s – 1920’s) ; e por fim, num terceiro momento, interpretaremos o papel destas « ilhas de espera » na construção da sociedade brasileira da Belle Epoque.
Não pretendemos esgotar a discussão sobre a política de imigração e colonização europeia no Brasil, mas sim entender como foi evoluindo as propostas de acolhimento para os imigrantes recém-chegados, identificando as formas institucionais e espaciais que foram pensadas ao longo do século XIX.”

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